quinta-feira, dezembro 26, 2024

Palmeiras e Santos duelam pela liderança do Brasileiro

Os dois clubes têm dez pontos na tabela e estão empatados com o São Paulo na primeira posição

O Pacaembu será neste sábado, às 19 horas, o local do quinto confronto direto entre os dois únicos técnicos em atividade no futebol brasileiro que trabalharam em Copas do Mundo e dirigiram times europeus. Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, e Jorge Sampaoli, do Santos, travam batalha tática particular no duelo direto entre o líder e o segundo colocado do Campeonato Brasileiro.

Os dois clubes têm dez pontos na tabela e estão empatados com o São Paulo na primeira posição. Os três paulistas são os únicos invictos no torneio, mas o Palmeiras está na frente por ter um saldo de gols melhor.

Felipão e Sampaoli conhecem bem o trabalho um do outro e têm respeito mútuo, pois sabem o quanto o rival é competente e costuma dar trabalho. Os quatro confrontos anteriores entre os dois foram apertados, com uma vitória para o técnico gaúcho e três empates.

A dupla se encontrou pela primeira vez em 2013, quando eles dirigiam as seleções de Brasil e Chile. Em abril daquele ano, no Mineirão, o amistoso terminou empatado por 2 a 2. Meses depois, em novembro, um novo encontro amistoso foi realizado no Canadá. Desta vez, a seleção brasileira ganhou por 2 a 1.

O encontro mais épico entre os dois treinadores ocorreu em junho de 2014. Nas oitavas de final da Copa do Mundo, também no Mineirão, Brasil e Chile ficaram no 1 a 1, em um jogo muito duro para a seleção da casa. Nos pênaltis, os comandados de Felipão ganharam por 3 a 2 e seguiram no torneio. Sampaoli esteve perto de fazer história, pois o atacante Pinilla acertou o travessão em chute firme no fim da prorrogação.

Aquela partida foi a única da Copa em que a seleção brasileira teve posse de bola inferior à do adversário. O Chile dirigido por Sampaoli tinha algumas características em comum como o Santos atual: futebol em velocidade e proposta ofensiva.

Os dois treinadores se reencontraram em fevereiro deste ano, em clássico pelo Campeonato Paulista no Allianz Parque. O Palmeiras era favorito, uma vez que jogava com o time titular. O Santos escalou reservas, pois preservou os principais jogadores para uma partida pela Copa Sul-Americana que ocorreria três dias depois.

Curiosamente, Sampaoli abriu mão do jogo ofensivo e escalou o Santos com uma formação mais precavida. Os reservas do time da Vila Belmiro seguraram o ímpeto dos palmeirenses. O jogo terminou empatado sem gols.

Enquanto o argentino Sampaoli arma a equipe com estilo ofensivo e tem apreciado ao máximo a nova vida no Brasil, Felipão prefere trabalhar com uma proposta diferente, mas conhecida e eficiente. O técnico campeão brasileiro gosta de montar defesas sólidas, defende o estilo pragmático de futebol de resultados e é discreto na vida pessoal. Já o colega de profissão, virou atração em Santos por jogar futevôlei na praia e andar de bicicleta pela cidade.

As duas diferentes filosofias de pensar o futebol chamam a atenção até mesmo dos jogadores dos dois times. “São dois estilos totalmente distintos de jogo. A gente preza pelo equilíbrio, tanto ofensivo quanto defensivo, e o Santos já tem por característica ser mais ofensivo. Vai ser bem estudado, um jogo interessante, que rende discussão. Os estilos têm dado resultados”, diz o meia Moisés.

O zagueiro santista Lucas Veríssimo afirmou que, pelo fato de as equipes adotarem estilos diferentes, a partida deve ser interessante para o público. “Clássico é clássico. A tensão é até para o torcedor. Vai ser um grande jogo. Cada um vai dar o seu melhor, independentemente de tática e maneira de atuar.”

O Palmeiras não poderá contar com o meia Gustavo Scarpa. O jogador ainda se recupera de lesão na perna direita. O time deve ser o mesmo do último domingo, quando bateu o Atlético-MG por 2 a 0, fora de casa.

O Santos encara o desafio de estar mais desgastado. O time teve compromisso no meio de semana pela Copa do Brasil – empate por 0 a 0 com o Atlético-MG – e o técnico vai escalar quem estiver mais descansado.

Fonte: Estadão Conteúdo

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