Depois de oito temporadas e 73 episódios, a série “Game of Thrones” chegou ao fim neste domingo com um desfecho fraco, que não teve nem um terço da grandeza de todas as outras temporadas da série.
Os roteiristas David Benioff e D.B. Weiss conseguiram destruir Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) e deixá-la apenas como uma rainha louca. A mulher que libertou escravos e matou nobres que exploravam o povo de repente se tornou uma tirana que mesmo após a rendição de uma cidade continuava massacrando inocentes e que, após conquistar o tão sonhado Trono de Ferro, ainda procurava guerra, agora em outros continentes.
Quando feito de forma adequada, destruir a imagem que um personagem tem para o público é uma boa reviravolta. Personagens bons posteriormente corrompidos pelo poder sempre são muito interessantes. Mas esse não foi o caso de Daenerys, que se tornou cruel de uma hora para a outra. Ela sempre foi impiedosa com seus inimigos, mas há de se convir que o povo de Porto Real, rendido, sem chances de defesa, não era o inimigo.
Jon Snow (Kit Harrington), que passou boa parte da última temporada na inanição, incapaz de resolver os conflitos que surgiam, foi o responsável pelo que deveria ser o grande clímax do episódio: o verdadeiro herdeiro ao trono que mata a mulher que ama porque ela se mostrou uma péssima governante. Seria emocionante, caso existisse realmente um conflito entre eles ou um relacionamento amoroso que convencesse o público.
Comentários