Durou mais de 6 horas o julgamento dos três membros de uma facção criminosa acusados do ataque a bala ocorrido no ano passado contra dois rapazes que seriam de um grupo rival, em Vilhena. O crime aconteceu na tarde de 15 de setembro de 2023, na Rua 1.508 do bairro Cristo Rei. O júri popular foi realizado ontem, em Vilhena.
Conforme a denúncia, os irmãos gêmeos Wellington Cerqueira de Jesus, o “Gêmeo”, e Willi Cerqueira de Jesus, o “Geminho”, ambos com 25 anos; e Jeferson Leoni da Costa, conhecido pelos apelidos de “Leoni” e “Jefinho”, de 26 anos, metralharam a picape na qual estavam Douglas Ferreira Costa, o “Dogão” de 30 anos, e Anderson Claiton de Oliveira da Silva, o “Amendoim” de 27, que seriam os alvos do trio. Dogão e Amendoim conseguiram fugir.
Três dias depois desse ataque, um homem armado invadiu uma casa atirando e deixou um ferido. As investigações apontaram que Dogão e Amendoim seriam os autores do ataque por vingança. Eles foram denunciados e julgados no primeiro semestre deste ano e foram absolvidos. Os jurados entenderam não haver provas suficientes da autoria do crime atribuído a eles.
O trio julgado ontem, Jeferson e os gêmeos Wellington e Willi, foi acusado de dupla tentativa de homicídio com duas qualificadoras: motivo torpe e recurso de dificultou a defesa da vítima. A Promotoria de Justiça pediu a condenação dos réus nos termos da denúncia. Enquanto a defesa, sustentou a tese de legítima defesa própria e de terceiro.
Os jurados não acolheram os argumentos da defesa e condenaram os três pelas duas tentativas de homicídio duplamente qualificadas.
Passava das 15h00 quando a juíza presidente do Tribunal do Júri leu a sentença dos três e, individualmente, dosou a pena de cada um deles. O primeiro a ser informado sobre o montante da pena foi Wellington, que ouviu da magistrada que terá que cumprir 13 anos, 8 meses e 8 dias de reclusão. Na sequência, foi a vez de Willi, que recebeu pena de 12 anos e 10 meses. Por fim, Jeferson recebeu pena de 12 anos, 5 meses e 10 dias.
A juíza negou aos réus o direito de aguardar eventual recurso em liberdade.
Fonte: Folha do Sul
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