O professor, advogado e jornalista Samuel Costa fez duras críticas aos deputados de Rondônia que defendem a redução do tempo de inelegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa. Em uma declaração contundente, ele classificou esses parlamentares como “hipócritas, demagogos e enganadores do povo” e alertou a população sobre os riscos de flexibilizar uma das principais legislações de combate à corrupção no Brasil.
A proposta em debate visa reduzir de 8 para 2 anos o período em que políticos condenados por corrupção ou outros crimes eleitorais ficam impedidos de disputar eleições. Para Samuel Costa, essa mudança representaria um retrocesso na luta contra a impunidade e um ataque direto à vontade popular, já que a Lei da Ficha Limpa foi aprovada com amplo apoio da sociedade.
“Agora saberemos de fato quem é a favor do combate à corrupção. Quem defende essa mudança está, na prática, abrindo caminho para o retorno de políticos envolvidos em escândalos de corrupção. A população deve estar atenta”, afirmou Costa.
A Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010) foi um marco no combate à corrupção no Brasil, impedindo que políticos condenados por órgãos colegiados ou que tenham renunciado para evitar a cassação de seus mandatos possam se candidatar por um período de oito anos. A possível alteração da legislação, defendida por parte da bancada rondoniense, pode reabrir espaço para que políticos com histórico de irregularidades voltem mais rapidamente à disputa eleitoral.
O posicionamento de Samuel Costa reforça a necessidade de vigilância da sociedade em relação a pautas que podem enfraquecer mecanismos de transparência e integridade na política. O tema segue gerando debate tanto entre lideranças políticas quanto entre eleitores que defendem a moralidade na gestão pública.
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