O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia nesta quinta-feira e segue internado em um hospital em Brasília, onde permanece sob acompanhamento médico. Na tarde do mesmo dia, o vereador licenciado Carlos Bolsonaro publicou em uma rede social uma foto antiga do pai deitado em uma cama hospitalar e afirmou que a equipe médica avalia os próximos passos do tratamento. Durante a internação, Bolsonaro está acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os filhos Flávio e Carlos também estiveram no hospital mais cedo.
Segundo Carlos, os médicos monitoram o quadro pós-operatório e analisam, inclusive, a necessidade de um novo procedimento por causa dos soluços persistentes apresentados pelo ex-presidente. Na publicação, ele também criticou o esquema de segurança montado em torno da internação. Jair Bolsonaro cumpre pena desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal, após condenação a 27 anos e três meses de prisão por envolvimento em uma trama golpista. De acordo com Carlos, a família não foi autorizada a entrar com celulares no hospital e o número de agentes mobilizados seria excessivo, o que classificou como constrangedor.
A equipe médica divulgou, na tarde desta quinta-feira, um boletim com informações sobre o estado de saúde do ex-presidente. A cirurgia foi realizada no hospital DF Star e ocorreu sem intercorrências, com duração aproximada de três horas e meia. O cirurgião Cláudio Birolini informou que Bolsonaro já estava acordado e no quarto após o procedimento. A previsão de recuperação é de cinco a sete dias.
De acordo com Birolini, ainda será avaliada a possibilidade de Bolsonaro deixar a custódia da Polícia Federal durante o período de recuperação. O cardiologista Brasil Ramos Caiado afirmou que, durante a cirurgia, não foi realizado nenhum procedimento para reduzir os soluços persistentes do ex-presidente. Segundo ele, essa intervenção poderá ser feita na próxima semana, caso a equipe médica considere necessário. “Optamos por observar nesses próximos dias para avaliar a necessidade desse procedimento”, afirmou, destacando que os soluços seguem sendo uma preocupação recorrente tanto para os médicos quanto para o próprio paciente.
Bolsonaro foi internado na quarta-feira para a realização de exames e preparo pré-operatório antes da cirurgia de correção de uma hérnia inguinal bilateral. A hospitalização foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após perícia da Polícia Federal indicar a necessidade da intervenção. Apesar de eletiva, a cirurgia foi recomendada para evitar o agravamento do quadro e possíveis complicações.
O procedimento, realizado sob anestesia geral, teve como objetivo reposicionar o conteúdo abdominal e reforçar a musculatura da região da virilha, área onde ocorre o enfraquecimento da parede abdominal característico da hérnia inguinal. A expectativa da equipe médica é que Bolsonaro permaneça internado entre cinco e sete dias.
Além da correção da hérnia, os médicos avaliam a realização de um bloqueio anestésico do nervo frênico, técnica que pode ser indicada para o tratamento das crises de soluços persistentes relatadas nos últimos meses. O momento mais adequado para esse procedimento ainda não foi definido.
No pós-operatório, Jair Bolsonaro permanecerá sob monitoramento contínuo. O plano de cuidados inclui controle rigoroso da dor, sessões de fisioterapia para estimular a mobilização precoce e medidas voltadas à prevenção de complicações, como trombose venosa profunda e problemas respiratórios.
Fonte: Notícias ao Minuto




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