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Agronegócio avança contra indígenas em Rondônia

Por Luciana Oliveira, TV 247 – Imagine as estradas sem sinalização para indicar perigos, prevenir acidentes e controlar o tráfego.

É mais ou menos isso que o Executivo e o Legislativo de Rondônia querem fazer com a redução de unidades de conservação para que a boiada passe sem nenhum obstáculo.

Proteger esses espaços territoriais significa preservar o patrimônio biológico e garantir às populações tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais de forma racional.

O futuro do agronegócio, mola propulsora da economia do Estado, depende de práticas mais sustentáveis.

O equilíbrio climático, econômico e ambiental está em discussão no mundo e vários países já não querem negócios com quem despreza a natureza e os povos originários.

Preocupados só com os votos de quem vive do agronegócio, deputados estaduais aprovaram a redução de cerca de 200 mil hectares de Unidades de Conservação que têm em seu entorno terras indígenas e de populações tradicionais.

É um alinhamento danoso à política anti-ambiental do governo federal.

Os ruralistas pressionam governo e Congresso para avançarem com a pauta que lhes interessa.

O cacique Awapu Uru Eu Wau Wau vive em território demarcado na nova aldeia da linha 625, próxima ao município de Tarilândia. Ele cobra respeito.

O cunhado de Awapu foi encontrado morto há um ano. Ele era professor e fazia vigilância do território e as investigações não avançam.

Cercados de fazendas estão os Puruborá, povo dispersado que se organiza e luta pela demarcação de seu território.

Em Costa Marques, município que faz limite com a Bolívia, a comunidade Quilombola do Forte Príncipe da Beira também luta por reconhecimento de território.

Eles vivem no entorno do maior patrimônio histórico do Estado, uma fortaleza sob proteção do Exército.

Elvis Pessoa é guia turístico no Forte e conta que vive tempo de relativa paz com os militares por força de um Termo de Ajustamento de Conduta.


Fonte: Brasil 247

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