Alunos e comunidade escolar repudiam tratamento sensacionalista em denúncia contra a Escola João Bento da Costa

Estudantes da Escola Estadual João Bento da Costa, localizada em Porto Velho, vieram a público nesta semana para manifestar indignação e total repúdio à forma arbitrária, sensacionalista e distorcida com que está sendo conduzido um episódio envolvendo a instituição.
Circula em redes sociais e veículos de comunicação uma denúncia sobre uma suposta cobrança indevida de materiais escolares, que, segundo os alunos e integrantes da comunidade escolar, não condiz com os fatos e tem causado profundo desgaste à imagem da escola, atingindo injustamente sua equipe pedagógica, em especial a Direção.
O que de fato ocorreu?
A escola desenvolve um programa extracurricular intitulado “Terceirão”, voltado ao reforço escolar e à preparação dos alunos para o ENEM, vestibulares e concursos públicos. A adesão é opcional, e o material didático utilizado nas atividades está disponível em formato digital, podendo ser acessado inclusive por celular, sem obrigatoriedade de aquisição física por parte dos estudantes.
A alegação de que teria havido cobrança indevida é, de acordo com os próprios alunos e professores, inverídica e fora de contexto. “Foi apenas sugerido que os alunos tivessem acesso ao conteúdo, para melhor aproveitamento das atividades. Em nenhum momento se exigiu a compra de material físico”, afirmou um dos representantes estudantis.
A matéria veiculada por alguns canais de mídia gerou uma onda de desinformação, desestabilizando o ambiente escolar e provocando reações desproporcionais. Segundo relatos, o episódio poderia ter sido resolvido com diálogo e apuração criteriosa dos fatos, mas acabou transformado em uma espécie de “Tribunal da Inquisição”, com julgamentos precipitados e sem escuta ampla da comunidade escolar.
A crítica também se estende à Superintendência de Educação de Rondônia, que, segundo a nota divulgada por alunos e apoiadores, teria endossado a versão infundada dos fatos sem convocar a equipe escolar para prestar esclarecimentos formais. Ainda segundo a comunidade escolar, a prestação de contas da escola está devidamente aprovada, sem qualquer registro de irregularidade.
O clima de tensão provocado pela denúncia e sua repercussão teve consequências graves. Um professor da unidade, segundo informado, precisou ser internado após quadro de estresse agravado pela pressão emocional decorrente do episódio.
Além disso, a comunidade escolar manifesta profunda indignação com a perseguição ao professor, historiador e diretor Chiquinho, que é amplamente reconhecido por seu trabalho dedicado e respeitoso. Amado por alunos, professores e pais, Chiquinho se tornou uma referência de liderança educacional e sensibilidade social. A decisão de exonerá-lo do cargo de direção tem causado revolta generalizada, e a comunidade pede, com veemência, a revogação imediata da medida.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/RO) manifestou solidariedade à comunidade escolar da João Bento da Costa e reiterou repúdio à forma como o caso vem sendo conduzido. A entidade classifica como “antiética e irresponsável” a atitude da Superintendência e reafirma a necessidade de respeito, escuta qualificada e transparência nos processos envolvendo trabalhadores da educação.
Em nota pública, os estudantes e a CTB conclamam pais, responsáveis e a sociedade civil a apoiarem a escola neste momento crítico. “Não podemos permitir que educadores sejam criminalizados por boatos ou disputas políticas. A luta é por dignidade, respeito e pela manutenção da verdade.”
A Escola João Bento da Costa, reconhecida por seu histórico de compromisso com o ensino público de qualidade, pede paz para continuar cumprindo sua missão educativa com seriedade e respeito.
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