EXCLUSIVO: Juiz Ronaldo Forti recebe mais de R$ 800 mil em salário no TJ/RO

Porto Velho, Rondônia – O ambiente no Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO) foi recentemente abalado por declarações controversas do juiz secretário-geral, Rinaldo Forti Silva. Durante uma cerimônia de posse, o magistrado criticou a contratação de novos servidores, afirmando que representam “um peso nos gastos do tribunal”. As palavras de Forti provocaram indignação entre os servidores e organizações representativas, gerando um clima de desestímulo e descontentamento.

A Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados (Fenajud) respondeu prontamente, condenando as afirmações do juiz. Em um comunicado, a federação destacou que tais declarações “sugerem que os servidores são vilões”, uma visão que distorce completamente o papel essencial que desempenham na administração da justiça. A Fenajud ressaltou a importância dos servidores para o funcionamento eficaz do judiciário, sublinhando a injustiça de culpá-los pelos custos operacionais do tribunal.

Os servidores do TJ/RO estão insatisfeitos com a falta de valorização profissional. Eles sentem-se desrespeitados ao verem juízes e desembargadores recebendo remunerações exorbitantes, enquanto seu próprio trabalho é desvalorizado. Documentos oficiais revelam que Rinaldo Forti Silva obteve R$ 814.529,63 em fevereiro de 2024, entre salários e vantagens eventuais. Além disso, há casos de juízes e desembargadores que receberam mais de R$ 1,5 milhão no mesmo período. Esse montante substancial levanta sérias dúvidas sobre a sinceridade e a congruência das críticas do magistrado ao custo dos servidores públicos.

A situação tem deixado os servidores cabisbaixos e, segundo relatos, alguns estão sofrendo com doenças psicossomáticas devido ao estresse e à falta de reconhecimento. Este cenário evidencia um contraste preocupante entre o discurso e a prática dentro do TJ/RO, colocando em questão a liderança e a moralidade da administração atual. Em tempos de tensões financeiras e debates sobre a eficiência no serviço público, a disparidade salarial e as críticas infundadas aumentam a insatisfação entre os servidores, questionando a verdadeira necessidade de austeridade e transparência no tribunal.

O incidente ressalta a necessidade urgente de uma revisão na comunicação e nas práticas administrativas do TJ/RO, para garantir que todos os funcionários, novos e antigos, sejam valorizados e respeitados pelo trabalho essencial que realizam.

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