Arifa Sultana deu à luz um menino no final de fevereiro, segundo a doutora Sheila Poddar, ginecologista do hospital Ad-Din, em Dhaka. Depois de um parto normal, a mãe e o bebê foram liberados de um hospital de Daca. Menos de quatro semanas depois, ela foi internada no hospital Ad-Din. “Ela veio ao hospital reclamando de dor no ventre”, disse Poddar. Os médicos realizaram um ultra-som e perceberam que Sultana estava grávida de gêmeos.
Sultana tinha dois úteros, uma condição chamada útero didelfo. Seu primeiro bebê e os gêmeos foram concebidos e cultivados em úteros separados. Ela não recebeu um ultra-som antes do primeiro parto, por isso não foi percebido, disse Poddar.
“Não é muito comum ter dois úteros. Quando o útero se desenvolve, ele vem de dois tubos, e esses tubos se fundem. Para algumas mulheres, a fusão não ocorre e a parede divisória não se dissolve”, disse Dr. SN Basu, chefe de obstetrícia e ginecologia do hospital Max Healthcare em Nova Delhi.
Poddar conseguiu realizar rapidamente uma cesariana para retirar os gêmeos: um menino e uma menina. “Todas as três crianças são normais e saudáveis”, disse Poddar. “A mãe também está bem.” Um útero didelfo é uma anomalia congênita rara, e a ocorrência de gestação gemelar tem uma taxa de incidência geral de 1 em um milhão, de acordo com o National Institutes of Health.
“Nas áreas rurais, as pessoas não sabem o que há de errado com elas. Elas não sabem quantas crianças estão grávidas e, às vezes, se estão grávidas também”, disse Basu.
Fonte: CNN
