Orbitada pelo Governo de Rondônia e Prefeitura de Porto Velho, Mariana tem poder para ‘‘marretar’’ todos os adversários?

Apoiada de forma consolidada por figuras chave, a ex-tucana, sem Fernando Máximo no caminho, lidera as projeções para a prefeitura, mas adversários emergentes apresentam desafios significativos

Na disputa pela prefeitura de Porto Velho, Mariana Carvalho, ex-deputada federal e filiada ao União Brasil, surge como uma candidata forta de alianças robustas. Beneficiada pelo suporte tanto do prefeito Hildon Chaves quanto do governador Coronel Marcos Rocha, Mariana se coloca numa posição de vantagem óbvia no espectro político local. Seu principal concorrente nas pesquisas, o deputado Fernando Máximo, também do União Brasil, recentemente retirou sua candidatura, deixando Mariana sem um rival direto dentro de sua própria legenda.

Entretanto, o campo político de Porto Velho não é simples, e vários candidatos estão se posicionando como possíveis desafiadores. O Coronel Chrisóstomo, do PL, é conhecido por suas atitudes mais voltadas ao espetáculo do que à substância política. Suas frequentes manifestações ruidosas no Plenário e posturas ideológicas polarizadas nas redes sociais fazem dele um personagem conhecido, mas não necessariamente um concorrente forte.

Por outro lado, Marcelo Cruz, do PRTB e presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, aparece como uma alternativa viável. Com o apoio de pequenos partidos e respeitado pelos outros poderes do estado, Cruz tem um histórico de sucesso eleitoral e utiliza o fato de ser nativo de Porto Velho como uma vantagem significativa em sua campanha, oferecendo uma conexão local que pode apelar para muitos eleitores.

No cenário do MDB, Euma Tourinho, juíza aposentada, representa uma opção de centro em meio a uma crise identitária dentro do partido. Com Confúcio Moura e Lúcio Mosquini puxando o partido em direções opostas, entre apoio ao governo de esquerda de Lula e alianças à direita com Bolsonaro, Tourinho se destaca por sua independência e firmeza, evidenciadas por suas críticas abertas a figuras como o presidente da OAB de Rondônia, Márcio Nogueira.

Do lado da esquerda, a situação é de fragmentação, com candidatos como Samuel Costa da Rede Sustentabilidade, Vinícius Miguel do PSB, Célio Lopes do PDT e Fátima Cleide representando diferentes facções progressistas. Esta divisão, num estado conservador, ameaça diluir ainda mais o impacto potencial da esquerda nas urnas.

E, correndo por fora, Valdir Vargas do PP, apoiado pelo ex-governador Ivo Cassol, enfrenta o desafio de superar o legado problemático de seu mentor. Cassol, conhecido por seu “dedo podre” em escolhas políticas, deixou uma impressão que Vargas terá de trabalhar para dissipar, buscando estabelecer sua própria credibilidade.

Em meio a esse panorama, Mariana Carvalho se mantém como a candidata com a maior força ao seu redor, colocando-a numa posição privilegiada.

A combinação de apoio institucional significativo e a ausência de um adversário formidável dentro de seu próprio espectro ideológico coloca Mariana numa trilha quase desimpedida para a prefeitura, a menos que seus adversários consigam apresentar uma alternativa convincente que ressoe com os eleitores.

 

Fonte: Rondoniadinamica