PMs salvam menina de 1 ano que se afogou em piscina em Rolim de Moura

Patrícia conta que o acidente ocorreu entre as 10h e 11h.

Foto: Divulgação

O último fim de semana provavelmente não será mais esquecido pela família da pequena Rebeca Venturoso, de 1 ano e cinco meses. A criança acabou caindo na piscina da casa dos avós, em Rolim de Moura (RO), município a 402 quilômetros de Porto Velho, e foi encontrada desacordada pela mãe da menina, a agente de saúde Patrícia Venturoso.

Em meio ao desespero de levar a filha ao hospital, a família encontrou no caminho uma viatura policial e foi o soldado Fernando Félix e o cabo Welinton Neves que prestaram os primeiros socorros decisivos. Hoje, ambos são considerados pela família como “anjos enviados por Deus”.




Patrícia conta que o acidente ocorreu entre as 10h e 11h. A casa estava cheia para um almoço familiar e em apenas alguns minutos de descuido a criança caiu na piscina.

“Sempre temos muito cuidado com as crianças. Sou mãe de cinco filhos e a Rebeca é a caçula. Ela estava o tempo todo por perto e quando olhei e não a vi. Já questionei: cadê a Rebeca? Eu estava próxima a uma janela, de costas para a piscina, mas quando me virei já vi minha filha boiando na água. Fiquei desesperada”, contou.

Quando tiraram a menina da água, a criança estava roxa e não apresentava batimentos. A avó, mesmo sem saber ao certo como agir, tentou fazer os primeiros socorros por ventilação. Foi quando Rebeca soltou um pouco de água da boca que a família saiu de casa em busca de atendimento médico. Porém, antes, chegaram a ligar à Polícia Militar (PM), já que não sabiam o contato dos bombeiros.

“Estavam no carro minha sogra e sogro, meu esposo, eu e a Rebeca. Quando estávamos saindo para procurar um hospital, vimos uma viatura fazendo ronda pelo bairro. Minha sogra falou para parar o carro e pedir ajuda. Foi o que fizemos. Eles foram maravilhosos. Além de nos ajudar salvar a vida da nossa filha, conseguiram nos passar tranquilidade. Acho que eles foram anjos enviados por Deus naquele momento de desespero”, detalhou a mãe de Rebeca.

“Se não fossem eles (policiais), nem sei o que teria ocorrido”, disse Patrícia.

Um dos policiais que ajudou no salvamento foi o soldado Fernando Félix. Segundo ele, quando o pai deu sinal de parada à viatura, o veículo parou no meio da rua. Os pais estavam desesperados e entregaram a criança nos braços dos policiais, pedindo para que eles salvassem a filha.




“Fizemos o socorro na carroceria do carro dos pais, deitamos a criança na tampa e começamos a fazer os procedimentos, como massagem e liberar as vias. Logo verifiquei o pulso e constatei que não havia batimentos, além dela estar roxa. Mesmo assim continuamos com as massagens e após cinco minutos ela começou a puxar a respiração. O procedimento seguiu até a chegada dos bombeiros, quando a respiração dela já estava melhor e estava se mexendo”, contou o PM.

Os bombeiros encaminharam a criança para o Hospital Municipal Amélio João da Silva. Quando chegaram, a mesma chorava de olhos abertos.

“Sou pai, tenho uma criança praticamente da mesma idade da menina que ajudamos a salvar. Em três anos de carreira militar nunca passei por situação semelhante. É muito emocionante poder ajudar a salvar uma vida”, disse o soldado Fernando Félix.

A criança foi encaminhada estável ao Hospital Regional de Cacoal, onde permaneceu até as 10h de domingo (7) internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em seguida, foi encaminhada à enfermaria, onde permanece internada. Ela não teve nenhuma sequela.

Orientação

Em casos de afogamentos e qualquer outro acidente doméstico, o Bombeiro Militar Cabo Cadmo Vinícius Rodrigues de Oliveira orienta que o principal a ser feito é manter a calma, pedir ajuda profissional e fazer os procedimentos de primeiros socorros.

“Quando acontece algum tipo de acidente e a pessoa está próximo a ajuda, ou seja, próximo ao quartel dos bombeiros ou do hospital, o ideal é levar o acidentado até o local, caso contrário o certo é iniciar os primeiros socorros, com massagem cardíaca, pedir ajuda, manter a calma e pensar no que pode ser feito”, orientou.

Entre as dicas, Cadmo orienta todas as pessoas aprendam a nadar e nunca deixar crianças sozinhas próximas de água.

“Crianças podem se afogar com dois a três centímetros de líquido. Tudo é perigoso bacias, baldes e até vasos sanitários. Então é importante que sempre tenha alguma supervisão. As pessoas que estiverem cuidando é bom que saiba nadar, pois em situações de afogamento, poderão agir de forma mais rápida”, sugeriu.

Fonte: JaruOnline