
Exatamente um dia após a guerra na Faixa de Gaza completar dois anos, Israel e Hamas assinaram a documento sobre a primeira fase do acordo de paz para o enclave palestino, proposto pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos.
Apresentado em 29 de setembro, o plano foi aceito por ambos os lados envolvidos no conflito, após dez dias de negociações entre Israel e Hamas, mediadas pelo Catar e Turquia, no Egito.
Neste momento, contudo, está previsto o cumprimento de apenas alguns dos 22 pontos da proposta de paz. Começando com o fim imediato dos combates em Gaza, nesta sexta-feira (10/10).
O que acontece na primeira fase?
Cessar-fogo imediato.
Retirada gradual das Forças de Defesa de Israel (FDI) da Faixa de Gaza.
Fim do bloqueio israelense a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino.
Retorno dos reféns israelenses que ainda estão no enclave palestino, entre vivos e mortos, em até 72 horas, a partir da aceitação de Israel.
Libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos após o reféns retornarem à Israel.
Anistia para membros do Hamas que aceitarem se desarmar.
Ao fim do cumprimento dos termos acordados na primeira etapa, outros pontos do plano de paz começam a serem abordados. Entre eles o desarmamento do Hamas, a nova administração para a Faixa de Gaza — livre do grupo palestino —, o envio de forças internacionais de manutenção da paz e a reconstrução da região.
Fim da guerra
Mesmo com as incertezas que ainda pairam sobre o plano de paz de Trump, o presidente dos EUA, assim como o Hamas, declarou que a guerra em Gaza chegou ao fim.
Em um comunicado, o chefe da delegação do Hamas que discutiu a proposta no Egito, Khalil al-Hayya, confirmou o fim do conflito.
Ainda que o plano seja dividido em partes, como o cessar-fogo do início do ano descumprido por Israel, o membro do grupo palestino disse ter recebido garantias de que a guerra não deve retornar após a primeira etapa.
“Recebemos garantias dos irmãos mediadores e da administração americana, todos confirmando que a guerra terminou completamente, e continuaremos a trabalhar com as forças nacionais e islâmicas para completar as etapas restantes, trabalhar para alcançar os interesses do povo palestino, sua autodeterminação e a realização de seus direitos até o estabelecimento de seu Estado independente, com Jerusalém como capital”, disse al-Hayya.
Fonte: Metrópoles
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