Um dos heróis da formação original dos Vingadores, Thor lidera a principal estreia da semana nos cinemas. O Deus do Trovão chega com uma nova aventura no longa Thor: amor e trovão, o quarto filme solo do personagem e a oitava aparição dele no Universo Cinematográfico Marvel (MCU). A estreia domina a maioria das salas da capital com horários que começaram desde a pré-estreia, ocorrida ontem.
Após a última aparição de Thor partindo em uma aventura com os Guardiões da Galáxia, reencontramos o protagonista entrando em forma, junto da equipe cósmica e recebendo um pedido de ajuda da amiga Lady Sif. Gorr, o Carniceiro dos Deus, está em uma missão de vingança contra os deuses e até Zeus, aqui vivido por Russell Crowe, sucumbiu a ira da missão. Junto a Valkíria e Korg, o Vingador luta contra a ameaça, até que a ex-namorada, Jane Foster, como a Poderosa Thor chega para salvar o dia.
“Thor é o primeiro personagem do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) a receber um quarto filme, então eu queria fazer uma coisa diferente. Eu sempre quero fazer melhor quando estou vivendo o Thor”, afirma Chris Hemsworth, em entrevista feita pela Disney e cedida ao Correio. O filme é ponto-chave para mudança do personagem, que terá que lidar com a própria jornada sem as ligações familiares, com o reino natal de Asgard nem com um grupo específico como os Vingadores. “Ter a chance de fazer mais um filme é simplesmente fantástico”, complementa.
O personagem passa por uma grande renovação, não só porque perdeu a barriga que ganhou em Vingadores ultimato, mas desde Thor: Ragnarok a forma como o Thor se apresenta em cena é mais leve. O dramalhão dá lugar a uma ingenuidade que quase soa como crítica ao personagem e, apesar de ele se perceber como um Deus, sabe que não é mais intocável, que o poder dele não é o maior de todos.
“Foi uma pressão muito grande fazer este filme. Thor: Ragnarok realmente subiu o sarrafo e as expectativas sobre o novo longa são altas”, conta o ator principal. Realmente, não foi só uma mudança nos aspectos narrativos do personagem. O nervosismo não é infundado. Ragnarok chegou aos cinemas faturando US$ 122,7 milhões, só na estreia norte-americana, e acumulou US$ 854 mi nas bilheterias mundiais durante os meses em cartaz.
Um dos principais nomes por trás dessa grande mudança é o do diretor Taika Waititi. Ele é o primeiro a dirigir mais de um filme do Thor e deu uma nova estética às cenas envolvendo o personagem. “Desde a primeira vez que trabalhamos juntos, eu já sabia que estávamos fazendo algo grandioso. O trabalho dele é sobre fazer coisas novas e não ficar preso em só um sentido”, reflete Hemsworth.
Para o novo filme o tema é amor e trovão. O retorno de Jane Foster como a escolhida pelo famoso martelo Mjolnir para se tornar a Poderosa Thor vai mexer com o lado romântico do herói. “Taika está levando o filme para uma direção de comédia romântica, o que é muito único para o gênero de super-heróis”, adianta o intérprete do Deus do Trovão.
Outra novidade em Amor e trovão é Zeus e a mitologia grega dividindo cena com os asgardianos, responsáveis pela humanidade abraçar os deuses nórdicos. Russell Crowe e sua interpretação do maior deus grego, junto com a entrada de Christian Bale nas águas Marvel, são algumas das razões para a antecipação que tomou conta dos fãs. Aliás, o visual assustador que Bale recebeu constrói um assustador vilão que facilmente ganha espaço no panteão dos malvadões, com Thanos, Hela ou Ultron.
Waititi traz de volta dois personagens que em pouco tempo se tornaram preferidos da base de fãs: o engraçado companheiro de lutas (reais ou em videogame), Korg, interpretado pelo próprio diretor, e Tessa Thompson retorna como Valquíria, a “rei” de Nova Asgard.
Como sempre, os lançamentos da Marvel chegam cercados de mistério, protegendo os olhos e ouvidos do público de todo e qualquer spoiler. No entanto, é possível cravar duas máximas: o filme bate nas telas recheado do humor que vem sendo marca registrada do Deus do Trovão e com a Poderosa Thor e seu retorno triunfal finalmente saberemos se Thor além de deus é o último dos românticos.
Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco.
Fonte: Correio Brasiliense
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