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Após 450 dias, Ministério da Educação defende volta às aulas

Empenhados em publicar uma portaria interministerial para orientar o retorno presencial às escolas do país, os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Educação, Milton Ribeiro, voltaram a defender, ontem, a volta dos estudantes às salas de aula. Segundo os gestores, o país está preparado para realizar o retorno de maneira segura e se encontra, até mesmo, atrasado em relação a outros países. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o país é uma das nações que passou mais dias com as escolas fechadas. Foram em média 279 dias de suspensão de atividades presenciais durante o ano letivo de 2020, considerando escolas públicas e privadas.

Enquanto isso, dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) indicam que países vizinhos como Chile e Argentina, por exemplo, registraram 199 dias sem atividades presenciais entre 11 de março de 2020 e 2 de fevereiro de 2021. Em países europeus, como França e Portugal, foram contabilizados menos de um trimestre sem aulas presenciais, com a suspensão de 43 e 67 dias, respectivamente.

Ao comentar a situação das atividades presenciais nas escolas do país, Milton Ribeiro disse ter passado por constrangimento durante encontro com os ministros da Educação do G20 sobre o retorno escolar em meio a pandemia. “Eu passei vergonha na reunião do G20 porque praticamente o Brasil era o único país com 450 dias de escolas fechadas. A África do Sul voltou no ano passado às aulas presenciais. E a maior parte dos países do G20 voltaram às aulas presenciais”, disse.

Para ele, a demora no retorno causará diversos problemas. “A perda é acadêmica, emocional e pode até ser considerada nutricional para muitas crianças”, comentou. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reiterou a necessidade de reabrir as escolas e disse que “há um absoluto consenso que a vacinação não é pré-requisito para retorno às aulas”. Segundo ele, mais de 80% dos professores já receberam ao menos a primeira dose da vacina.


Fonte: Correio Brasiliense

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