DestaqueGeralMundo

Operação Leão Ascendente: escalada entre Israel e Irã beira cessar‑fogo

Após quase duas semanas de ataques aéreos israelenses a instalações nucleares e militares iranianas, Teerã reagiu com mísseis balísticos à Israel e aos EUA — um cessar‑fogo mediado pelos EUA e Qatar é anunciado, mas a tensão e os danos civis são profundos.

Após quase duas semanas de ataques aéreos israelenses a instalações nucleares e militares iranianas, Teerã reagiu com mísseis balísticos à Israel e aos EUA — um cessar‑fogo mediado pelos EUA e Qatar é anunciado, mas a tensão e os danos civis são profundos.


Panorama dos acontecimentos

  • Início da ofensiva israelense (13 de junho): A Operação Leão Ascendente começou com ataques da Força Aérea de Israel (IAF) e ataques encobertos da Mossad, atingindo cerca de 100 alvos em profundidade no Irã: complexos nucleares (Natanz, Fordow), instalações de mísseis (SSM), Quds Force, e cientistas nucleares foram alvos intencionais .
  • Resposta iraniana: Teerã lançou uma série de mísseis balísticos (incluindo o poderoso Sejjil) em múltiplas ondas, com impacto em Haifa, Tel Aviv e até hospital em Beersheba (o Centro Soroka) — feridos, danos graves, mas prontidão civil evitou mais vítimas.
  • Intervenção dos EUA: No final de semana, bombardeiros B‑2 dos EUA lançaram bombas “bunker buster” sobre três instalações nucleares iranianas, intensificando o conflito e destruindo infraestrutura crítica.
  • Escalada regional: O Irã também lançou mísseis em uma base americana no Qatar (Al-Udeid), sem vítimas. Alerta global foi emitido para viajantes devido à instabilidade.
  • Impacto humanitário: Estima-se que quase 1.000 mortos e mais de 3.400 feridos no Irã, incluindo muitos civis. No lado israelense, pelo menos 24 civis mortos e centenas de afetados. Em Teerã, cerca de 100.000 pessoas deixaram suas casas, causando uma verdadeira “êxodo iraniano”

Cessação de fogo e cenários futuros

  • Cessar-fogo anunciado (24 de junho): Ex-presidente Trump – agora com papel diplomático – anunciou um “cessar‑fogo total” após mediação do Qatar; Irã confirmou participação, mas Israel ainda não comentou de forma oficial
  • Condições: Israel exige que o Irã suspenda novos ataques; que o Irã aceite é crucial para que o cessar-fogo se mantenha . Autoridades israelenses afirmam estar próximas de alcançar seus objetivos — e evitar um conflito prolongado
  • Diplomacia paralela: Diplomatas europeus (Alemanha, França, Reino Unido) iniciam diálogos em Genebra com o Irã, na tentativa de impedir o retorno ao confronto e reestabelecer inspeções nucleares .
Aspecto Descrição
Risco de guerra prolongada Se o Irã insistir em retaliações, Israel pode enfrentar guerra de atrito com alto custo econômico e social .
Regime iraniano sob pressão A campanha visou neutralizar não só infraestrutura militar, mas também sinais de poder simbólico — centros de mídia, polícia, Quds Force e líderes do regime .
Estratégia híbrida israelense Operações da Mossad com drones dentro do Irã representaram uma tática nova, minando defesas antes dos ataques aéreos .
Vulnerabilidades regionais A ameaça iraniana à rota do Golfo de Omã / Estreito de Hormuz foi lembrada como pressão estratégica, afetando mercados de energia .

A virada no conflito parece próxima com o cessar‑fogo anunciado, mas permanecerá frágil e condicionado à contenção mútua. Israel acredita ter alcançado seus objetivos estratégicos, enquanto o Irã demonstra resiliência, mas enfrenta significativa pressão interna e regional. A diplomacia, especialmente em Genebra, será a chave para sustentar a trégua. Entretanto, o risco de reativação permanece alto se algum dos lados romper o breu.


 

Comentários

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo