Estou participando de articulações para composição de chapas majoritárias para as eleições municipais em Porto Velho. Além do acerto na escolha dos nomes, algumas questões me preocupam. Tentarei expô-las aqui nos próximos dias, de maneira sintética, na busca de ouvir opiniões e, espero, colaboração no debate.
Começarei por tratar da polarização quase visceral que existe entre conservadores e progressistas, ou entre o governo atual e os partidos de esquerda. O clima é de tal natureza conflitivo que quase se pode tocá-lo. Tenho refletido se isso será considerado nas eleições municipais. Como os(as) candidatos(as) a prefeito(a) tratarão esta questão? e, o mais importante, como se comportarão os eleitores de um lado e de outro? Os temas nacionais terão espaço na discussão local? Os(as) candidatos(as), buscando não assumir compromissos com a cidade, levarão o debate para o nível federal?
Diante da convicção de que os partidos usarão as eleições de 2020 para reforçar suas posições para as eleições de 2022, tenho defendido que as utilizemos também para diminuir a tensão política existente. A disputa de eleições municipais neste clima – cuja proximidade entre pessoas e candidatos é enorme – é algo temerário. Alguns estrategistas com os quais tenho conversado, apostam no quanto mais tenso, melhor. Discordo. Sempre tivemos eleições acirradas, mas será a primeira com o componente polarização inserido.
O meu receio é que a tensão, as agressões e o uso exagerado de fake news façam com ignoremos os reais problemas da cidade e, assim, ajudemos aqueles candidatos que não tenham compromisso em melhorar a vida das pessoas.
Esse será o pior dos mundos!
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