Dados do Ministério da Economia apontam que países do Oriente Médio – Emirados Árabes, Turquia, Egito, Arábia Saudita, Irã, Palestina, Bahrein, Catar, Chipre, Iêmen, Jordânia, Kuwait, Líbano e Omã e Síria – importaram US$ 14,223 bilhões do Brasil em 2018, o que significa 5,92% das vendas feitas pelo país ao exterior.
Enquanto isso, para Israel, o Brasil exportou US$ 321 milhões no ano passado, conforme destaca o portal G1.
No último domingo (31), em visita ao país, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o Brasil abrirá um escritório de representação comercial em Jerusalém, “centrado em ciência, tecnologia e inovação”.
A atitude não foi bem recebida e a Autoridade Palestina condenou “nos termos mais fortes” a decisão. Além disso, convocou seu embaixador no Brasil para consultas.
O cenário causa apreensão também no Ministério da Agricultura e em produtores de carne bovina e de frango, que temem que a decisão provoque retaliação comercial de países do Oriente Médio.
“Evidente que a gente tem uma preocupação com importação e exportação de todos os países. No momento devido, a gente pode estar calculando algum impacto”, afirmou, nesta segunda-feira (1º), o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz.
Ele, no entanto, preferiu ser otimista. “Mas estou otimista que esse impacto, se ocorrer, será pouco expressivo. Não acho que será um impacto expressivo não. Estamos otimistas com relação a isso”, completou.
Já Bolsonaro, ao comentar a repercussão, disse que não quis ofender ninguém. “É direito deles reclamar. A gente não quer ofender ninguém. Agora, queremos que respeitem a nossa autonomia”, afirmou o presidente, ao ser questionado sobre o assunto.
Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO
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