Cadela que atuou na tragédia de Brumadinho chega para auxiliar na caçada a Lázaro

A cadela Cristal é treinada para farejar o cheiro de pessoas vivas ou mortas pelo ar. Ou seja, não é necessário algum objeto, como uma roupa, para que ela sinta o odor e identifique algum vestígio

(crédito: Minervino Junior/CB/DA Press)

Cristal, a cadela da raça border collie que atuou nas buscas pelas vítimas de Brumadinho — o rompimento da barragem em Minas Gerais, ocorrido em 25 de janeiro de 2019 matando 270 pessoas — atuará nas buscas por Lázaro Barbosa Sousa, 32 anos.

Cristal tem 6 anos e é treinada para farejar o cheiro de pessoas vivas ou mortas pelo ar. Ou seja, não é necessário algum objeto, como uma roupa, para que ela sinta o odor e identifique algum vestígio. Em Brumadinho, a cadela atuou entre 26 de janeiro e 4 de fevereiro de 2019.

A cadela já está no distrito de Girassol, Cocalzinho (GO), e às 9h47, saiu com os militares para farejar Lázaro, apontado pela Polícia Civil do Distrito Federal de ter matado quatro pessoas de uma mesma família na área rural de Ceilândia, no DF; balear três em Cocalzinho e fazer reféns por onde passa.

Além de Cristal, que vem de Anápolis (GO), outros dois labradores de Luziânia (GO), um macho e uma fêmea, também atuarão nas buscas por Lázaro. Os dois têm cerca de três anos, segundo informou o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.

Já são 12 dias de buscas pelo homem que vem aterrorizando moradores do DF e de Goiás. A operação, que envolve 270 policiais civis, militares, federais e rodoviários federais, se concentra no distrito de Girassol, povoado de Edilândia e em Cocalzinho, em Goiás. A suspeita é de que Lázaro esteja escondido na mata da região.

Intensificação

A polícia reforçou, neste fim de semana, os bloqueios nas estradas que ligam Cocalzinho (GO) a outras cidades. Veículos que passavam próximo ao local das buscas por Lázaro Barbosa, 32 anos, são parados e, alguns, revistados.

O agente preferiu não se identificar, relatou ao Correio que grande parte dos motoristas deixa a área rural dos municípios de Girassol e de Edilândia devido ao medo do foragido. Outra ação recorrente é a migração para as áreas mais urbanas, devido à melhora no sinal de telefone. Para ele, há risco de Lázaro obrigar morotistas a levá-lo no porta-malas durante a fuga.

Lázaro é investigado por uma série de crimes. Em um deles, no ano passado, ele deixou um idoso em estado vegetativo durante um assalto em Santo Antônio do Descoberto (GO). É acusado, ainda, de cometer um duplo homicídio na Bahia, cometer roubos e estupros.


Fonte: Correio Brasiliense