Covid-19: estudo diz que vacinas têm mais de 90% de eficácia, independentemente da marca

Combinação de anticorpos monoclonais, feita pela AstraZeneca, reduz em 50% o risco de óbito e complicações da doença. Na França, estudo com 22 milhões de pessoas constata que vacinas contra o Sars-CoV-2 têm mais de 90% de eficácia, independentemente da marca

(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press )

Duas semanas depois de a norte-americana MDS anunciar o primeiro antiviral para covid-19 que demonstrou eficácia, a britânica AstraZeneca divulgou, ontem, que um coquetel de anticorpos de longa ação (LAAB) reduziu significativamente o risco da forma grave da doença e de morte, comparado ao placebo. O resultado da fase III do estudo Tackle, conduzido em 96 países, incluindo o Brasil, foi publicado em forma de comunicado. De acordo com o laboratório, em breve os dados sairão em uma revista científica revisada por pares.

Diferentemente do medicamento da MDS, administrado por via oral, o AZD7442 é injetado no músculo do paciente. No ensaio com 822 pessoas (407 delas tomando o medicamento e o restante no placebo), 90% dos participantes eram de alto risco para progressão da forma grave da doença, devido a comorbidades, informou o comunicado. Com uma dose de 600mg dos anticorpos, a probabilidade de desenvolver covid-19 grave ou óbito (por qualquer causa) foi 50% menor, em comparação ao placebo. Todos os inscritos no estudo tinham a forma leve a moderada da doença, com sintomas há pelo menos sete dias, e não estavam hospitalizados.

Uma subanálise avaliou a eficácia em pacientes sintomáticos há cinco dias. Nesse caso, o coquetel reduziu o risco de covid-19 grave ou óbito em 67%, assinalou o laboratório.

O AZD7442 é uma combinação de dois anticorpos monoclonais — tixagevimab (AZD8895) e cilgavimab (AZD106) — derivados de células B doadas por pacientes convalescentes. Em agosto, a AstraZeneca anunciou que o coquetel demonstrou uma redução estatisticamente significativa (77%) no risco de desenvolver covid-19 sintomática na prevenção do contágio.


Fonte: Correio Brasiliense