Falsa enfermeira vendia vagas de cirurgias e exames em hospitais públicos

Suspeita se passava por servidora da Secretaria de Saúde e se apresentava com nomes diferentes para despistar investigações. A mulher foi presa nesta sexta-feira (1º/7) pela PCDF

(crédito: Divulgação/PCDF)

Uma mulher foi presa, pela polícia do Distrito Federal, acusada de se passar por enfermeira da Secretaria de Saúde para vender vagas de cirurgias, marcação de exame e até mesmo lugares em unidades de terapia intensiva (UTI). As investigações começaram em janeiro, após a Polícia Civil do DF receber denúncias anônimas informando que uma profissional de saúde estaria vendendo cirurgias em hospitais públicos da capital e, em alguns casos, após receber os valores de pagamento, não cumpria o que tinha sido prometido.

A Operação foi realizada pela Delegacia de Repressão à Corrupção, que cumpriu um mandado de prisão e seis mandados de busca e apreensão nas regiões do Gama, Santa Maria e Recanto das Emas. De acordo com as investigações, a mulher não tem vínculo com a SES-DF, embora já tenha exercido cargo comissionado entre 2013 e 2014.

Ela se apresentava como servidora de diferentes hospitais para convencer as vítimas de reais possibilidades de burlar a fila de espera. A enfermeira também utilizava nomes diferentes. A mulher atua desde 2018 e indicava, para receber os pagamentos, a conta bancária de amigos, parentes e familiares, com o intuito de esconder a verdadeira identidade e despistar possíveis investigações da polícia.

Além da mulher, a PCDF identificou uma pessoa com vínculos políticos que encaminhava pacientes para que a enfermeira conseguisse as “vagas” nos hospitais. Em troca, a enfermeira recebia promessa de emprego para pessoas próxima e de interesse dela.

O esquema criminoso se estende a venda de atestados, receitas e laudos médicos falsos, inclusive com o objetivo de fraudar a concessão de aposentadoria por invalidez.

A mulher foi presa temporariamente, e quem emprestou as contas bancárias ou encaminhou pacientes, foi alvo de buscas e apreensões em suas residências. O objetivo da política é confirmar se há participação dos servidores efetivos da Secretaria de Saúde no esquema. Os investigados podem responder por associação criminosa, estelionato, falsificaãço de documento e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 24 anos de prisão.


Fonte: Correio Brasiliense