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Greve das Mulheres dos Policiais Militares em Rondônia é inconstitucional, diz advogado

O advogado Bruno Valverde disse nesta segunda-feira 14.06, em entrevista à Rede Amazônica no jornal de Rondônia 1ª. edição, que a greve em frente aos quartéis da Polícia Militar que está sendo organizada pelas esposas dos policiais militares é inconstitucional.

A greve começou no final de semana, em protesto contra os baixos salários da categoria que está há 8 anos sem reajuste.

Ao falar sobre o tema, o advogado que é professor na Universidade Federal do Estado de Rondônia (UNIR) e doutor em Direito Constitucional ressalta que o movimento paredista, em que pese ser deflagrado pelas companheiras dos policiais, atinge direta e indiretamente os serviços de segurança e os próprios policiais, que correm o risco de ficarem ´presos´ dentro dos próprios quartéis da corporação.

“É uma questão já pacificada pelo STF. A greve de policiais militares coloca em risco a segurança do Estado. É o que chamamos de afetação da segurança”, disse o jurista. Segundo ele, há uma legislação federal em vigor que congelou os salários por causa da pandemia em nível municipal, estadual e federal e, portanto, não há como o Governo conceder tal reajuste.

Dr. Bruno Valverde em seu escritório sendo entrevistado pela jornalista Maríndia Moura da Rede Amazônica filiada a Rede Globo

Bruno Valverde defendeu, antes de tudo, que seja feito entre as partes uma negociação conciliatória. “A população não pode pagar por um desentendimento entre a classe e o governo do Estado. Vamos ver se a reunião conciliatória que está marcada para hoje à tarde possa trazer um acordo e que a situação possa se normalizar”, comentou na entrevista .

Na tarde de quinta-feira, após o anúncio da greve pela Asfapom e outras associações de esposas de militares, o Governo de Rondônia entrou com uma liminar do TJ-RO pedindo a suspensão do movimento paredista. A liminar foi deferida e publica na edição de hoje do Diário Oficial da Justiça do Estado.


Fonte: Brasil364

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