Pacientes graves continuam sendo atendidos no hospital infantil Cosme e Damião

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Em coletiva na manhã desta sexta-feira (22), o secretário adjunto da Sesau, Maxwendell Batista, afirmou que o hospital infantil Cosme e Damião, que sofreu interdição ética médica, por parte do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), na última quarta-feira (20), segue atendendo os pacientes em situação de urgência e emergência, e que vai manter os atendimentos com muita cautela, durante a reforma da unidade.

O secretário destacou que os demais pacientes, que são classificados como pouco urgente e não urgente, estão sendo encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde (UBS), e UPA Sul e Leste, na capital. “Não paramos de atender nossos pacientes em nenhum momento. O estado se colocou à disposição para ajudar o município no atendimento a os demais pacientes”, afirmou.

No momento em que houve a interdição, na quarta, iniciamos as tratativas com a Semusa para elaborar uma estratégia para que a população não sofresse impacto. “De imediato os médicos pediatras do Cosme se colocaram à disposição para que se mantivesse o atendimento de pacientes na situação se urgência e emergência, já que esse sempre foi a função do hospital receber esse tipo de paciente”, explicou o secretário adjunto.

De acordo com o secretário adjunto, os processos de licitação para o início da obra no Cosme e Damião, já estão todos em andamento. “Inclusive está previsto para iniciar no começo de maio”, disse Maxwendell Batista.

A Sesau informou que chegou a iniciar tratativas com o Cremero, há um mês, quando o órgão conversou com o corpo clínico da unidade, e dentre os tópicos de solicitações, foi falado sobre a estrutura do hospital. “O Cremero avisou a secretaria sobre a possibilidade de interdição ética médica dentro de trinta dias, caso não fosse tomada providências em relação à estrutura porque havia problemas no forro e que realmente precisava de reforma”, enfatizou o secretário.

Sem necessidade

O Ministério Público, e demais entidades de fiscalização, solicitaram um parecer técnico em relação à estrutura do hospital, inclusive a própria Sesau, que pediu para as equipes de engenharia avaliassem a unidade, riscos e se existia a necessidade de interdição. “Engenheiros do MP chegaram a fazer uma avaliação dentro do Cosme. O parecer tanto dos engenheiros do MP, Agevisa, Sesau e Corpo de Bombeiros, tiveram a mesma linha, afirmando que não havia necessidade de interdição e que poderia ser mantido o atendimento nas condições mínimas com a reforma acontecendo, sem risco estrutural para os pacientes internados”, detalhou Maxwendell Batista.

Sobre a questão sanitária da unidade, Maxwendell Batista, reafirmou que as equipes que são responsáveis pela parte sanitária do hospital, se reuniram, fizeram uma avaliação e todos disseram que existe a possibilidade de manter o atendimento da unidade, durante o período de reforma. “Acontecerá de forma segura, isolando-se e transferindo se necessário pacientes para outras unidades. Então nesse momento temos esse parecer em mãos”, diz.

Daniel Pires, diretor adjunto do Cosme e Damião, disse que as obras do hospital já eram uma prioridade do governo. “Em duas semanas nós iniciaremos a reforma da unidade, primeiro na parte externa, no telhado, sem impacto nenhum para os pacientes. Também será realizada a reforma do gesso, que houve necessidade de recorte, para que pudéssemos ter acesso ao ar-condicionado, assim como a pintura”, explicou o diretor.

O diretor disse ainda, que as alas que forem passar por reformas, serão interditadas, com muita responsabilidade e de forma criteriosa para não colocar em risco os pacientes e os servidores.

Denúncia e investigação

Na semana passada, segundo o secretário adjunto da Sesau, um vídeo circulou nas redes sociais, onde uma pessoa afirmava que parte do forro da unidade teria caído em cima de um leito. “Rapidamente uma equipe técnica foi avaliar se isso era verídico. Foi apurado que não houve queda de forro. O que ouve foi à obstrução de uma parte do ar condicionado, que acabou pingando água no berço. De imediato, foi retirado o berço e redirecionado o leito para outro canto, sem nenhum problema para o paciente”, esclareceu.


Fonte: RONDONIAGORA