Jovem é presa por espancar, torturar e matar o próprio filho de 2 anos

Criança era colocada de castigo à noite, de joelhos, no quintal da casa

Foto: Divulgação

Uma jovem de 19 anos foi presa na última sexta-feira (10) por cometer um crime bárbaro contra o próprio filho, de 2 anos, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. A criança morreu no dia 20 de fevereiro ao ter o intestino rompido após ser espancada. A Polícia Civil mineira, responsável pela investigação, revelou o caso nessa segunda-feira (13).




“As investigações apontam que eram sistemáticas e frequentes as agressões praticadas pela mãe em relação ao filho, com golpes, chutes e socos. Além disso, ela não providenciou o devido socorro. O quadro, portanto, teria se agravado para febre, falta de alimentação e a criança foi socorrida quando já não mais podia ser feita alguma coisa”, afirmou o delegado Bruno Rezende, responsável pelo inquérito.

O laudo de necropsia apontou “morte em decorrência de traumatismo abdominal”. Além das diligências realizadas, testemunhas e parentes de vítima e suspeita foram ouvidos e relataram à Polícia Civil que a criança era submetida a agressões constantes por parte da mãe, na residência da família e em locais públicos.




Os vizinhos relataram ainda que, mesmo falando para a suspeita que a polícia seria acionada, a mãe não mudou o comportamento em relação ao filho.

‘Crueldade desmedida’

“A mãe da criança não cessava as agressões contra o filho, e o choro contínuo da vítima era o principal motivo para as punições. Demonstrando uma crueldade desmedida, a suspeita colocava a criança de castigo, de joelhos no quintal, durante à noite”, salientou Rezende.

“Apesar do agravamento do estado de saúde da criança, os familiares ficaram inertes à situação e essa conduta será investigada”, afirmou o delegado.




Homicídio qualificado

Com a prisão da suspeita, o inquérito deverá ser concluído nos próximos 30 dias e remetido à Justiça. “Ela será indiciada pelo crime de homicídio qualificado, vamos entrar com representação pela prisão preventiva”, complementou Rezende.

O delegado Bruno Rezende fez, ainda, um apelo à sociedade para que denuncie situações semelhantes para as autoridades, enfatizando que “tal atitude poderá salvar vidas!”.


Com Polícia Civil de Minas Gerais