Juiz manda soltar homem que matou ex-morador de Vilhena e ateou fogo ao corpo; crime aconteceu numa fazenda, em Porto Velho

Crime violento aconteceu após uma discussão entre vítima e assassino

Foto: Divulgação

O juízo da 2ª. Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho determinou na terça-feira, 30, a soltura do peão de fazenda W.A.S, conhecido como “Ericson”, de 23 anos, acusado de ter matado o colega de trabalho, Wellington Cardoso da Silva e ateado fogo no corpo, na fazenda onde os dois trabalhavam, na Linha 28, Rio das Garças, após uma discussão. O crime aconteceu no dia 08 de agosto, e os dois moravam em um alojamento da empresa, trabalhando no plantio e colheita de soja.

Na decisão, o juízo concedeu o habeas corpus ressaltando os bons antecedentes do réu: “analisando os autos, observo que o requerente registra bons antecedentes nesse momento, sendo ele primário. Além disso, a quantidade de droga apreendida – se comparada com a média de entorpecentes apreendidos na Comarca – não revela, ao menos neste momento, que o requerente seja uma pessoa perigosa, isto é, que venha, em liberdade, reiterar a prática criminosa; ou por em risco a instrução criminal, ameaçando as testemunhas, por exemplo; ou, ainda, que vá se furtar à aplicação da lei penal, pois possui residência fixa e nada indica que, quando solta, vá empreender fuga do distrito da culpa”.




Para permanecer solto, o acusado terá que cumprir algumas imposições como Comparecimento bimestral em juízo para informar e justificar suas atividades, Manter o endereço atualizado; Não se ausentar da comarca por mais de oito dias sem prévia autorização judicial, Proibição de frequentar bares, prostíbulos, casa de jogos e ambientes desse fim; Recolhimento Domiciliar noturno, devendo ficar em sua residência no horário compreendido entre as 20h00min de um dia e sair as 06h00min do outro, devendo ser imediatamente recolhido a Unidade Prisional caso seja abordado fora do estabelecido e utilizar tornozeleira eletrônica.

RELEMBRE O CASO

Um mês após o crime, o FOLHA DO SUL ON LINE entrevistou a irmã da vítima, que era morador do bairro Cristo Rei, em Vilhena. Segundo a familiar, Wellington deixou a cidade e havia se mudado para a propriedade na capital após receber uma proposta de trabalho feita por um ex-patrão, que havia arrendado a terra, na qual são criados bois e cultivadas lavouras.




De acordo com uma irmã de Wellington, ao se instalar na fazenda, ele recebeu ordens do patrão para não deixar ninguém retirar nada do local. Um dia, ele flagrou o empregado que viria a mata-lo tentando levar da propriedade um lote de cerâmicas e o impediu.

Na época, os dois bateram-boca, mas acabaram retomando a relação de amizade, que durou até o novo e fatal desentendimento.

A família de Wellington contratou uma advogada para atuar no caso. O suspeito teria confessado a colegas, após executar o jovem e incinerar o corpo: “Matei um ladrão e coloquei fogo”. Logo depois, ele fugiu numa moto.


Fonte: Hora 1 Rondônia