URGENTE – Ex-secretário de Justiça de Rondônia Gilvan Ferro, esposa e cunhada são presos na Bahia

A polícia do Estado da Bahia na última semana prendeu na cidade de Seabra, o ex-secretário de Justiça de Rondônia, Gilvan Cordeiro Ferro, foragido da Justiça desde que obteve condenação 1ª Vara Criminal de Porto Velho acusado de praticar crime de lavagem de dinheiro.

Gilvan foi pego na companhia da esposa, Juliana Ribeiro de Barros e da cunhada Helena Ribeiro de Barros, foragidas, durante abordagem feita por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal. O trio se encontra custodiado no Estado baiano, aguardando a Justiça de Rondônia fazer o recambiamento.

O Ministério Público de Rondônia, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a 5ª Promotoria de Justiça da Capital, denunciaram Gilvan Ferro, sua companheira e a cunhada em razão de esquema milionário de lavagem de dinheiro, a partir de investigação que se iniciou com base em denúncias de esquema de recebimento de propinas pelo alto escalação da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), em troca da transferência de presos.

O esquema apurado pelo GAECO mostrou que Gilvan Ferro, responsável pelo sistema penitenciário estadual até o fim de 2010, movimentou entre os anos de 2005 e 2010 cerca de R$ 2,5 milhões em valores da época, além de sua remuneração oficial. Parte desse dinheiro foi proveniente de depósitos sem identificação do depositante e outra parte refere-se a depósitos feitos por empresas com contratos com o governo estadual (incluindo a Sejus) e até mesmo por pessoa acusada de ser chefe de uma quadrilha de tráfico de drogas na região de Rolim de Moura.

Os valores recebidos por Gilvan Ferro não foram declarados à Receita Federal e parte dos depósitos foi fragmentada em valores menores a fim de dissimular as transações.

O dinheiro proveniente destes crimes foi utilizado para a formação do considerável patrimônio dos denunciados, donos de uma academia de ginástica em Porto Velho e de vários imóveis e automóveis. A academia foi constituída em nome de Juliana e Helena Ribeiro de Barros e, segundo os indícios colhidos na investigação, foi montada com a finalidade de lavar o dinheiro recebido ilicitamente.


Fonte: JH Notícias